
Como Viajar para o Everest: Guia Completo com Dicas, Custos, Hospedagens e Roteiro
Viajar para o Everest é uma das experiências mais transformadoras que um aventureiro pode viver. Com seus 8.848 metros de altitude, o Monte Everest, localizado na cordilheira do Himalaia, entre o Nepal e o Tibete, representa o ápice de desafios e conquistas para montanhistas de todo o mundo.
Mas você não precisa escalar até o topo para viver essa aventura. O famoso trekking até o Acampamento Base do Everest (Everest Base Camp) é uma jornada incrível e acessível a quem tem preparo físico moderado, planejamento e determinação. Neste guia ultra completo, você vai descobrir tudo que precisa para planejar sua jornada: desde o voo e hospedagem até roteiros, custos, aclimatação, alimentação e muito mais.
1. Onde fica o Everest?
O Monte Everest está localizado na fronteira entre o Nepal e a Região Autônoma do Tibete, na Ásia. A maior parte das expedições, no entanto, é organizada pelo lado nepalês, que oferece uma infraestrutura turística mais acessível, além de trilhas com vilarejos e estrutura para trekking.
2. Tipos de viagem ao Everest
- Trekking ao Everest Base Camp: Caminhada de cerca de 12 a 16 dias, com início em Lukla e chegada ao campo base (5.364 metros), passando por vilarejos e paradas de aclimatação.
- Escalada ao cume: Exige meses de preparação física e mental, equipe técnica, autorização oficial, equipamentos específicos e um investimento alto (a partir de US$ 40 mil por pessoa).
- Sobrevoo de helicóptero: Para quem deseja ver o Everest sem esforço físico, é possível contratar um voo panorâmico de helicóptero saindo de Katmandu. A experiência dura cerca de uma hora.
3. Como chegar ao Everest: dicas de voo e transporte
O primeiro passo é chegar ao Aeroporto Internacional Tribhuvan, em Katmandu, capital do Nepal. A partir daí, a maioria dos viajantes embarca em um pequeno avião até Lukla, onde começa o trekking. Dicas importantes:
- Não há voos diretos do Brasil ao Nepal. Faça conexão por países como Catar, Emirados Árabes, Turquia ou Índia.
- Prefira companhias aéreas como Qatar Airways, Turkish Airlines ou Emirates.
- Reserve o voo interno para Lukla com antecedência. É um dos aeroportos mais extremos do mundo e está sujeito a cancelamentos por clima.
- Tenha flexibilidade no roteiro, pois atrasos em voos internos são comuns.
4. Onde ficar: hospedagens em Katmandu e durante o trekking
Hospedagem em Katmandu:
- Hotel Yatri Suites & Spa: Conforto e localização estratégica no bairro Thamel.
- Kathmandu Guest House: Tradicional e excelente para mochileiros e grupos de trekking.
- Hotel Mulberry: Opção luxuosa com vista para as montanhas.
Durante o trekking:
Você encontrará hospedagens simples chamadas de teahouses. Elas oferecem quartos básicos, com ou sem banheiro privativo, camas com cobertores e refeições locais. Cidades com melhor estrutura:
- Namche Bazaar: “capital dos Sherpas”, com cafés, lojas e internet.
- Tengboche: Vista para o Everest e monastério famoso.
- Dingboche e Lobuche: Ponto de aclimatação e descanso.
5. Melhor época para ir ao Everest
Evite a temporada de monções e o inverno rigoroso. As melhores épocas são:
- Março a maio: Céu claro, floração de rododendros e boa visibilidade. Melhor época para quem busca clima estável.
- Setembro a novembro: Pós-monções, clima seco e trilhas menos lotadas. Ideal para fotografia e menos chuvas.
6. Roteiro detalhado: Everest Base Camp Trek
A seguir, uma sugestão de roteiro com aclimatação e paradas recomendadas:
- Dia 1: Katmandu – Lukla (voo) – Trek até Phakding
- Dia 2: Phakding – Namche Bazaar
- Dia 3: Aclimatação em Namche – Caminhada leve a Khumjung
- Dia 4: Namche – Tengboche
- Dia 5: Tengboche – Dingboche
- Dia 6: Aclimatação em Dingboche – caminhada a Chhukung
- Dia 7: Dingboche – Lobuche
- Dia 8: Lobuche – Gorak Shep – Everest Base Camp
- Dia 9: Subida a Kala Patthar – retorno a Pheriche
- Dia 10 a 12: Retorno a Lukla e voo para Katmandu
7. O que levar: checklist completo
- Casaco impermeável e corta-vento
- Camadas térmicas (base layer, fleece e jaqueta)
- Calça de trekking e leggings
- Meias térmicas e luvas
- Bota de trilha impermeável e confortável
- Garrafa térmica e pastilhas purificadoras
- Lanches energéticos (barras, nuts, etc.)
- Protetor solar, labial e óculos escuros
- Kit de primeiros socorros (comprimidos para altitude, band-aid, etc.)
- Lanterna de cabeça, adaptador universal e powerbank
8. Cultura, religião e comportamento
Respeite os costumes locais. Os Sherpas têm forte ligação com o budismo tibetano, e muitos pontos da trilha possuem monumentos, rodas de oração e bandeiras sagradas.
Evite tocar em objetos religiosos, respeite o silêncio em monastérios e não fotografe monges sem permissão. Cumprimente com “Namastê” e caminhe sempre pela esquerda ao passar por Mani Stones e Stupas.
9. Segurança e cuidados com a saúde
- Adapte-se à altitude lentamente. O mal da montanha pode ser grave.
- Tenha sempre seguro viagem com cobertura para resgates em alta altitude.
- Evite carnes cruas ou mal armazenadas. Prefira refeições quentes.
- Use álcool gel antes das refeições e escove os dentes com água filtrada ou purificada.
10. Seguro viagem: essencial e obrigatório
Contrate um seguro viagem com cobertura para até 6.000 metros de altitude, resgate aéreo e tratamento de emergência. É item obrigatório e salva vidas em casos de mal de altitude ou quedas.
FAQ – Perguntas Frequentes
Preciso de visto para ir ao Nepal?
Sim. O visto é obtido na chegada ao aeroporto de Katmandu, válido por até 30 dias.
Qual moeda levar?
Leve dólares americanos e troque por rúpias nepalesas em Katmandu.
Wi-fi e tomadas funcionam nas montanhas?
Em algumas teahouses há Wi-Fi pago. Energia elétrica existe, mas com custo. Leve powerbank.
Mulheres podem fazer o trekking sozinhas?
Sim, com segurança. Mas é recomendado contratar guia local, tanto por apoio físico quanto cultural.
O trekking é perigoso?
Não, se feito com planejamento. Os riscos estão mais ligados à altitude. O uso de guia experiente reduz riscos drasticamente.
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